Este artigo foi publicado na revista “O Instalador”, focando nos sistemas e equipamentos utilizados no projeto da Casa da Palmeira.
Este projeto refere-se à reabilitação Passive House de um edifício de habitação bifamiliar com uma área útil de 142m2 que se encontrava devoluto. Localizado no concelho de Ílhavo, no distrito de Aveiro, é o primeiro edifício reabilitado em Portugal a obter a certificação Passive House.
Uma vez que todo o interior foi refeito, tivemos completa liberdade para repensar os sistemas e equipamentos a instalar neste projeto. Foram utilizadas as mesmas soluções em ambas as habitações.
Ventilação mecânica com recuperação de calor
Como se trata de duas habitações com área útil reduzida, não havendo possibilidade de ter um compartimento dedicado apenas à zona técnica, tivemos que criar uma parede técnica ao longo das paredes laterais do primeiro piso, onde instalámos a unidade de ventilação, e por onde foi distribuída a rede de condutas.
Esta zona técnica é acessível através de uns painéis amovíveis na instalação sanitária do primeiro piso. Assim, é possível fazer a manutenção anual de mudança de filtros. A unidade utilizada foi a Zehnder ComfoAir 180 HRV.
Aquecimento e arrefecimento
Relativamente ao aquecimento e arrefecimento, foi instalada uma unidade mural de ar condicionado em cada habitação. A unidade ficou localizada no piso 0, junto à zona de entrada, de forma a estar orientada para as escadas e permitir fazer o aquecimento ou arrefecimento de ambos os pisos. A unidade utilizada foi a Panasonic Mural TZ super compact.
AQS
A solução de AQS utilizada foi uma bomba de calor com um depósito de 300L, instalada no espaço de arrumação do quarto do piso 0. A bomba de calor utilizada foi a Daikin ECH2O 300L.
Ambas as unidades exteriores (a/c e depósito) ficaram no terraço acessível a partir do piso de cima.
A certificação Passive House só foi possível devido a:
• Ter conseguido passar no ensaio de estanquidade (blower door test), com um resultado inferior a 0,6 renovações horárias (é um dos requisitos para cumprir com o desempenho Passive House);
• Ter conseguido o aproveitamento do piso superior, o que permitiu abrir janelas na cobertura que possibilitaram ter os ganhos de energia suficientes para cumprir com o requisito Passive House para as necessidades de energia para aquecimento de 15kWh/(m2a).
Está disponível mais informação sobre este projeto aqui.
Podem ver a versão publicada no site da revista “O Instalador”.
Podem ler a edição completa da revista nº 334 (fevereiro 2025) aqui.